Percurso |
Bom lá partimos para o passeio anual. É melhor chamar-lhe passeio de Outono sempre dá a impressão que fazemos pelo menos mais três!
O percurso de cerca de 300km estendia-se pela zona fronteiriça entre o Ribatejo e o Alentejo. Para além das cores que a época do ano proporciona existem estradas muito agradáveis que têm um bom piso e com curvas que tornam a viagem de mota muito mais interessante. O facto de se estabelecer o percurso não quer dizer que o tenhamos de seguir mas permite ser mais objectivo nos desvios e ter algum controlo sobre a hora de chegada.
Jardim da República - Santarém |
Nem sempre é fácil reunir todos e desta vez apenas duas motas marcaram encontro em Santarém no Jardim da República.
Após um frugal café (desta vez não houve farinheira nem vinho verde) lá partimos direitos a Almeirim pela ponte velha.
Motardins e Motardaz |
Passagem pelo centro da cidade e tomamos estrada em direcção à Chamusca. A passagem por Alpiarça faz sempre doer o coração ... a quantidade casas espectaculares da primeira metade do séc. xx que se encontram abandonadas, à espera dos PDM desenhados por iluminados do desenvolvimento, até faz dó. Pelo menos ainda não foram destruídas pelo que neste aspecto a crise tem um lado positivo que é também ter chegado ao betão.
Seguimos na estrada até ao cruzamento de Ulme. A partir daqui as estradas interiores até Foros do Arão proporcionam-nos um espectáculo muito agradável quer na condução quer de paisagem. Vão-se sucedendo os quilómetros e vai-se passando por aldeias e lugares na maior parte das vezes sem ver vivalma. Não se vê praticamente nenhuma actividade, nem tractores, nem pessoas. Se isto já está assim em 2011 em 2013 nem quero ver...
Paragem na vila de Montargil para actualizarmos o plano e vermos se queremos efectuar algum desvio ou seguir a rota inicial. Resolvemos contornar a barragem pela margem direita e seguir em direcção a Ponte-de-Sôr. Os Foros do Mocho (vim a saber mais tarde) situados na margem esquerda da barragem têm de ficar para outra volta.
Barragem de Montargil |
Nas margens da Barragem encontram-se alguns empreendimentos turísticos com soluções mais e menos felizes mas também aqui se vêm alguns (pelo menos aparentemente) sem estarem em funcionamento.
Zona ribeirinha - Ponte-de-Sôr |
Almoçámos em Ponte-de-Sôr. Nada de especial mas também não queríamos nem perder tempo à procura nem a comer. O dia era para passear...
Avis |
Em Avis subimos até entramos nas portas do castelo e começámos a efectuar um passeio a pé pela vila.
Avis |
Num dos percursos fomos abordados por um amigo de Avis que logo se dispôs a actualizar-nos em relação aos excilibris da vila. Claro que o bicho-do-mato pirou-se logo e deixou-me sozinho à conversa...
Recomendou-nos restaurantes para comer e indicou uma série de sítios na vila que apresentavam alguma história e que seriam interessantes de ver (uma casa com uma chaminé árabe, a casa onde morou a mãe do Mestre de Avis (apesar dele achar que era mentira uma vez que as datas não batiam certo), a casa de uma antiga ministra da cultura. Foi um apontamento simpático na viagem.
Barragem do Maranhão |
Após o passeio a pé pela vila saímos para Sul em direcção à Barragem do Maranhão. Tivemos de sair da estrada principal para chegar até ao paredão da barragem. a estrada tinha saída para além da barragem mas o adiantado da hora não nos permitiu ir explorar esse lado pelo que voltámos pelo mesmo caminho até à estrada que vai para Pavia.
Desvio para a estrada em direcção ao Cabeção para evitar Pavia e experimentarmos um caminho mais secundário. Aqui podíamos ter parado uma ou duas vezes já que a paisagem o merecia. Temos de criar uma logística que nos seja mais fácil efectuar paragens rápidas para sacar a máquina e dar dois disparos e depois arrancar.
Seguimos a estrada em direcção a Coruche com o objectivo de esticarmos as pernas junto ao rio e comer qualquer coisa. É sempre agradável passar um bocado naquela esplanada junto ao rio com o sol do fim da tarde.
Analisámos as horas e os kms que ainda faltavam e resolvemos seguir direitos a Muge. Assim ainda fazíamos mais alguns kms juntos. Passámos a ponte de Muge para o lado de Porto de Muge e aqui separamo-nos: eu segui para norte em direcção ao Vale de Santarém e o Motardins seguiu para sul em direcção a Valada.
Cheguei mesmo a tempo de trocar de burro e ir buscar o mais novo à escola.
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