A viagem estava mais que combinada, documentada, mapeada. Mas foi sendo adiada até que se fixaram os dias 7, 8 e 9 de Novembro.
Resultado: Chuva, chuva e mais chuva!!
Dia 1
Depois de tratadas as últimas questões e arrumadas as últimas bagagens na montada, foi tempo do Motartins rumar até Santarém, ao encontro do Motarvaz, para o efetivo início da viagem.
Assim, os primeiros kms foram feitos em auto-estrada, em boa média, até ao local de agrupamento de todos os intervenientes, ou seja, de nós dois.
A V-Strom 650 e TDM 850 estavam de tal forma apetrechadas de bagagens, que parecia uma viagem de largos meses para a Sibéria.
O mapa foi novamente analisado e arrancámos para um primeiro café na Golegã, terra de festa e de feira.
Estacionaram-se as montadas, bebeu-se o primeiro café e saboreou-se esta primeira experiência, esperemos que de muitas, viagem motard...
Mais uns kms em direção a Tomar. A volta estava mais que trabalhada e os objetivos fixados. Contudo, se algo puder correr menos bem, corre concerteza e assim começa a chover. Mas chove a sério.
Grande treino para Marrocos :)
Paragem para ver o mapa e....a TDM não quer ligar. Será a bateria, algum cabo, os fusíveis???? Não. Trata-se de um verdadeiro problema técnico: as luzes do mostrador não acendem e...a mota está em 1.ª!!!!! Acontece a qualquer um (ou não).
Asneiras à parte e eis que estamos em Dornes, completamente encharcados, ou melhor, completamente encharcado, que o Motarvaz já levava um equipamento a sério. A não ser o tronco, tudo o resto tinha água, fresquinha e abundante.
Isto estava a começar a bem.
Depois de uma tentativa frustada de beber mais um cafézinho, uma senhora, outrora proprietária de um cafézinho, indicou-nos outros possíveis "spots" e lá voltamos à canoagem! Remámos, remámos e afundámos em Cernache, num restaurante de beira de estrada.
Foi um almoço de várias horas no restaurante "
O Lampião" (só podia). Valeu-nos a simpatia do patrão e da empregada...mais da empregada...
Foi a primeira vez que mudei de roupa no início e no fim do almoço. Primeiro de molhada para seca, depois de seca para molhada, que não valia a pena molhar toda a roupa que tinha levado! E continuava a chover picaretas!
Bucho e costeleta, mais tintinho. Depois das sopas da pedra, o otimismo regressava.
Fartos da N237, fizémo-nos à estrada e ... não dava mais...era água por todo o lado.
A desilusão era mais que muita e assim sendo, dois quartos no
Hotel Rural Solar das Furnas, em Figueiró dos Vinhos. Muito bom!
Nota positiva, mais uma vez, para as anfitriãs!
Grandes conclusões do 1º dia:
- como sabe bem um banho de água quente
- 2 aquecedores de parede secam 2 pares de luvas, fato impermeável, casaco de cabedal, calças mota, 1 par de tenis, o saco da roupa, duas camisolas e mais umas coisinhas....
Nºs do dia:
- 140 km
- 3,25€ em portagens
- 41€ no almoço e jantar
- 60€ no alojamento