A 1ª primeira viagem de passeio teve como ponto de partida Azoia de Baixo, onde um vastíssimo grupo de um motard (Motardaz) deu início a esta aventura. O enorme interesse que a máquina despertava nas várias localidades onde ia passando fez com que na simpática e mui acolhedora vila do Carregado o cortejo já contasse o dobro dos motociclistas iniciais. Nesta localidade, optou-se por parar e realizar o primeiro reagrupamento aproveitando para contar os elementos da comitiva. Uau! Duas motos e dois motards! À simpática comitiva inicial juntou-se uma VStrom (Motardins) conferindo um cariz de espontaneidade sempre muito característico neste tipo de encontros. Para nos conhecermos melhor, resolvemos tomar um café num famoso centro comercial local pois estaríamos mais à vontade num sítio onde coubéssemos todos. Após o café na esplanada e uma entendida visita à loja motard do sítio lá nos fizemos à estrada prosseguindo em direcção à sempre mítica e badalada Moscavide.
A expectativa dos locais já era tão grande que à chegada a Moscavide, logo na primeira paragem que fizemos para contemplar a arquitectura local, o Motartins foi literalmente envolto pela multidão, tendo mesmo um dos habitantes subido para cima da VStrom o que ia provocando o 1º acidente da história do nosso Clube. Valeu aí a experiência do nosso companheiro que rapidamente e à custa de algumas contusões musculares conseguiu levar de vencida o discípulo de Einstein que se encontrava agora serenamente sentado na garupa da Vstrom. Na verdade, viemos a comprová-lo algum tempo depois, não se tratava de um pendura qualquer. Posso mesmo confidencia-vos que é certamente o pendura mais rápido e mais efémero de toda a história do motociclismo pois em Algés (iniciávamos aqui um périplo pelas estâncias balneares famosas) já o pendura estava transformado em motard, passando o nosso grupo a contar com uma Transalp (Motardeitas) e triplicando o número inicial de veículos.
Como não podia deixar de ser, e apesar de nada estar combinado, era agora por demais evidente que perante a adesão massiva e a expectativa gerada em todos eles, só podia haver um destino: O famoso Cabo da Roca.
Como não podia deixar de ser, e apesar de nada estar combinado, era agora por demais evidente que perante a adesão massiva e a expectativa gerada em todos eles, só podia haver um destino: O famoso Cabo da Roca.
Assim, mesmo correndo o risco de entupir a Marginal por completo, resolvemos arriscar e efectuar o percurso pela Costa do Estoril em direcção ao Guincho, subindo posteriormente em direcção ao nosso destino.
Primeiro desafio, alguns até compararam com as especiais do Paris-Dakar, uns bons vinte metros de areia sobre asfalto acompanhados de umas boas rajadas de vento laterais. Uf! 2ª contagem... estavam todas as motos e os motards também! Apesar de não termos GPS, nenhum se tinha perdido o que revelava um bom sentido de orientação e de coesão no grupo.
Na subida do Guincho para o Cabo da Roca, o desejo de acompanhar o grupo era tanto que não eram apenas os muitos motards que se tinham já juntado como uma extensa fila de camiões e automóveis seguia incansavelmente atrás do nosso grupo. Sou até capaz de jurar que ouvi algumas buzinadelas de incentivo!Cumprida a peregrinação até ao monumento erigido no cabo e após as tradicionais fotografias da praxe, resolvemos seguir para Norte. Praia das Maçãs, Azenhas do Mar, Fontanelas até chegarmos à Ericeira onde resolvemos parar para almoçar...
Uma das vantagens de andar de mota é, pensava eu mas rapidamente cheguei à conclusão que estava completamente errado, a facilidade de estacionar e por conseguinte de não perder muito tempo à procura de lugar. Do tipo parar em cima do passeio, num cantinho entre dois carros, debaixo de uma árvore,...Mas não...
Na Ericeira comprovei que uma pessoa não compra uma mota para a estacionar num lugar qualquer à mercê de um qualquer transeunte distraído ou de arriscar a subir o passeio para empenar uma jante! Não senhor! Penso que um de nós utilizou mesmo mais espaço do que se tivesse levado o automóvel! Diz que a mota é especial e não gosta de se meter em apertos! Enfim...às 5 da tarde lá fomos almoçar! Não, também não foi tudo por causa do estacionamento! Quando chegámos à Ericeira já passava das 3!
Após o "almoço" saímos todos com uma expressão de: "Onde é que deixámos o carro? Isto até casa era um instante de automóvel...". Penso que se trata de um cansaço de principiante e que nas próximas viagens já encaramos o regresso com naturalidade.
O regresso foi por Torres Vedras (passámos pela Ponte do Rol mas aqui são apenas lembranças pessoais da infância) em direcção a Alenquer com reagrupamento no Carregado. Neste caminho apenas uma nota para uma simpática aldeia que dá pelo nome de Cotovelo...vá se lá saber porquê! E não é que descobrimos a etimologia do nome! Alguns de nós tiveram mesmo a curiosidade de ver o cotovelo dos dois lados: do lado da faixa de cá e do lado da faixa de lá... enfim estradas divertidas!
No Carregado apenas um ligeiro briefing para troca de experiências acompanhadas de umas bebidas (sumos claro!) e separação do Grupo com uns a partirem em direcção a Sul e outros a Norte.
No Carregado apenas um ligeiro briefing para troca de experiências acompanhadas de umas bebidas (sumos claro!) e separação do Grupo com uns a partirem em direcção a Sul e outros a Norte.
Acho que ainda vou comer um pastel de nata a Santarém!
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