quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Não há pessegueiros na Ilha!

1ª viagem de dia inteiro. Já estava combinada há vários dias e eis senão quando na véspera cai uma valente tempestade...ai!ai! Lá começámos a rezar aos anjinhos porque isto de andar com o piso molhado e as estradas todas sujas já requer algumas mãozinhas (muitas!).

O percurso já estava estudado e era uma estrada que estava no nosso imaginário há já muito tempo! Já a fizemos de automóvel, em pequeno, em crescido, de camioneta mas...last but not the least...faltava de mota. A estrada é Tróia até Porto Côvo.

Começamos com a tradicional partida de Chez Nous e ainda não tinha feito o primeiro km já estava com uma paragem técnica para vestir as sobrecalças. Está frio como um raio! Não sei o que é que estão a fazer os calções de banho e a toalha dentro das malas...Bem no Ferry sempre pode salpicar e é melhor estar prevenido!
Desta vez éramos apenas dois mas não deixámos de efectuar o tradicional briefing do Carregado (já começa a ter fama).
- "Nunca me lembro de ter visto isto tão vazio!" Talvez por ainda não serem 9h da manhã...
Após a chegada do Motardins lá fizemos os planos: direitos à ponte Vasco da Gama, Setúbal e o Ferry para Tróia...

Em Setúbal parámos as motas e fomos comprar os bilhetes para o Ferry...
-"Não! Não queremos comprar o barco...só queremos dois bilhetes de uma viagem para Tróia! Ah o preço é só dos bilhetes?! Chiça!
-"Olhe! As motas não escorregam ao entrar para o barco? É que está tudo molhado..."

-"Épá! Escorregar não escorrega mas não podem entrar no barco a abrir!"
-"?!?!" Ah não? Já perdeu a piada! E nós a pensar em entrar a rasgar..."

Queres ver que só pára em Alcácer do Sal! -"Motardins! Toca a campainha que nós queremos sair em Tróia!" Ah! Agora já não fica na ponta...é um pouco mais abaixo...só o de passageiros é que fica... Ok! A última vez que tinha andado no ferry já foi há muitos anos...ainda eram cinzentos e paravam mesmo em Tróia!

Quando saímos do barco resolvemos voltar para Norte de modo a começarmos a viagem no início da estrada. Demos uma volta por Tróia (não encontrámos a Diane Kruger mas não perdemos a esperança) e pensámos ir beber um café a um restaurante sobre a praia. Aí aconteceu-nos a primeira peripécia. Éramos capazes de jurar que o restaurante estava sobre a Praia mas não...a avaliar pela qualidade do café, das "chávenas", do serviço ou dos pastéis de nata pensámos que estávamos no parque de treinos da ASAE! Mas não...estávamos a ser extremamente injustos o preço pedido pelo serviço confirmou-nos que estávamos num famoso café do Boulevard de St Germain em Paris. Íamos tão embrenhados na viagem que nem reparámos...assim vale mais não sair de casa.

Resolvemos partir em direcção a Sul. Passámos pelas bicicletas que tinham ido no barco e a seguir à Comporta virámos para a Praia do Brejo mas ficámos pela povoação antes da praia que nesta altura se apresentava deserta. Voltámos à estrada principal e rumámos a Sul outra vez... As bicicletas já aqui vão?!Fogo!
Continuámos em direcção a Sul e fomos explorando as terras que nos iam aparecendo...Carvalhal,...
Vamos ver a praia do Pêgo? Bora...Um tipo quando é bem-educado é o sempre mesmo que não seja necessário. Situação: parque de estacionamento a 150 metros da praia...estradão de terra mesmo até à praia...ninguém em redor...Onde é que se estacionou as motas? No parque! Ah pois é! E agora vai a pé o resto do caminho que só faz é bem...

 


...Melides, até chegarmos a Sines. Aí, como não podia deixar de ser, tínhamos de fazer toda a Marginal...


Próximo destino: São Torpes e provavelmente parar para comer qualquer coisa (e foi mesmo!)

Parámos num local habitué do Motardins. Espaço à maneira, esplanada protegida sobre a praia, ambiente muito agradável, pouco people enfim já estávamos ambientados e ainda nem sequer nos tínhamos sentado. Mas claro havia um senão...o atendimento era em autoserviço.
1ª vitória: conseguimos saber que havia algumas coisas para petiscar em snack apesar de não ficarmos com a certeza de quais;
2ª vitória: sim ela até fazia o favor de pedir na cozinha para preparar uns pregos.
Dada a relutância em fazer o pedido por parte da moça comecei outra vez a divagar e a pensar que estava num restaurante da Rive Gauche e que iria provar um Prégô aux Cèpes avec Bouillabaisse e que tínhamos tido a sorte do cozinheiro estar naquelas paragens nesse dia!...
Pelo tempo que demora os Cèpes devem ser apanhados no momento. -"Épá! Que prato é aquele no balcão?" -"Não deve ser para o nosso! Nós pedimos dois pregos e aquele é só um e é normal!", Pst!, -"Acho que ela está a meter-se contigo..." Não! É para ir buscar o prato!"
Percebemos então que sempre que pedíssemos qualquer coisa teríamos de nos dividir entre o relaxamento da paisagem e o stress de perceber se os pratos que estavam no balcão seriam os nossos! A menos que não nos importássemos de comer os pregos frios e as cervejas quentes!


Partimos em direcção a Porto Côvo mas tive de fazer uma paragem na minha praia...surpresa...a descida escondida e difícil que permitia usufruir na maior parte das vezes de uma praia sem ninguém, tinha sido substituída por uma escada de betão.


Fomos dar uma volta a pé por Porto Côvo. Como isto era e como isto está...

Pegámos nas motas e partimos em direcção ao destino final: a Ilha do Pessegueiro.




Quando andarem por aqui tenham atenção ao piso (bom treino para Marrocos) e aos cruzamentos...Ai!Ai!

De regresso resolvemos ir pela estrada até Alcácer do Sal e só aí apanhar a auto-estrada em direcção a casa.

domingo, 3 de outubro de 2010

Depois do início!

Conforme pedido do Motardlopes, foi acrescentada qualquer coisa à foto inicial!!!

Parece uma Traineira!!!!!com todo o respeito é claro!

Tá confirmado:a maior é a tua ;)

terça-feira, 21 de setembro de 2010

domingo, 19 de setembro de 2010

Ah! Palha de Abrantes!

Bem...está bom tempo e esta malta não diz nada!!!???
Tou xim, Sôr Motardopes, então hoje a burra não anda? Vamos lá então, fico à tua espera...


Agora o Motardeitas: então, como é? Grande???? Mentiroso...
As duas rodas andam ou não andam? É assim mesmo...


Como não poderia deixar de ser, briefing no Campera no Carregado e decidir onde ir, que nisto de andar de mota, nem sempre é o mais importante! Vamos até Santarém? Então vamos ligar ó Motardaz! Este gajo nunca atende o telemóvel...ainda por cima, tem um excelente "PDA" chinês, que até aguenta profundidades aquáticas nada normais!

Vamos andando que ele depois diz qualquer coisa (acho eu, que ele é bicho do mato, desculpem, do moto).

Depois de várias incorrespondências telefónicas (como os homens são diferentes das mulheres...em que os seus telemóveis se atraem) lá conseguimos juntar este magnifico e vasto grupo motard à volta das louras (e de águas das pedras), em mais um moto convívio : Motardeitas, Motardopes, Motardaz e Motardins.


Fica a sugestão: El Galego Lounge Café no Jardim da Republica...belo spot...com "gentes simpáticas"..bem ditas ribatejanas (com esta expressão, penso que nenhum dos motards amigos ficará comprometido, eheh).




Então,as montadas estão a chamar por nós. O Motardaz, que é da zona, faz de guia...

OK...vamos até Abrantes e "arripiamo-nos" pelo caminho. E que bela estrada...muito boas aquelas curvas...da estrada,pá!



Parece que ainda estou a ouvir o Motardopes: como já fui feliz nesta estrada, se procurarem bem, ainda podem encontrar um bocadinho da minha clavícula por aí perdida (mas aqui entre nós, parece que o gajo não lhe ganhou medo!)




Ainda fica outra sugestão: esplanada no Aquapólis em Abrantes...


Elá, já são sete e um quarto e o Motardopes tem compromissos às 20:00...parece apertado (mais tarde viríamos a saber que era mesmo apertado...menos mal, acho que actualmente a esposa já lhe diz bom dia e boa tarde!).

Adeus, companheiro que nós vamos pela nacional! E fomos! e depois desistimos! deixámos o Motardaz no aconchego do lar e lá entrámos no trânsito infernal de um fim de Domingo na A1...isto nem sempre é perfeito...

Vocês sabem lá o verdadeiro banquete que é uma bifana e uma cerveja na roullote do Jumbo de Alverca, às 10 da noite!!!

Esta já ninguém nos tira.  

sábado, 17 de julho de 2010

Cabo da Roca

A 1ª primeira viagem de passeio teve como ponto de partida Azoia de Baixo, onde um vastíssimo grupo de um motard (Motardaz) deu início a esta aventura. O enorme interesse que a máquina despertava nas várias localidades onde ia passando fez com que na simpática e mui acolhedora vila do Carregado o cortejo já contasse o dobro dos motociclistas iniciais. Nesta localidade, optou-se por parar e realizar o primeiro reagrupamento aproveitando para contar os elementos da comitiva. Uau! Duas motos e dois motards! À simpática comitiva inicial juntou-se uma VStrom (Motardins) conferindo um cariz de espontaneidade sempre muito característico neste tipo de encontros. Para nos conhecermos melhor, resolvemos tomar um café num famoso centro comercial local pois estaríamos mais à vontade num sítio onde coubéssemos todos. Após o café na esplanada e uma entendida visita à loja motard do sítio lá nos fizemos à estrada prosseguindo em direcção à sempre mítica e badalada Moscavide.

A expectativa dos locais já era tão grande que à chegada a Moscavide, logo na primeira paragem que fizemos para contemplar a arquitectura local, o Motartins foi literalmente envolto pela multidão, tendo mesmo um dos habitantes subido para cima da VStrom o que ia provocando o 1º acidente da história do nosso Clube. Valeu aí a experiência do nosso companheiro que rapidamente e à custa de algumas contusões musculares conseguiu levar de vencida o discípulo de Einstein que se encontrava agora serenamente sentado na garupa da Vstrom. Na verdade, viemos a comprová-lo algum tempo depois, não se tratava de um pendura qualquer. Posso mesmo confidencia-vos que é certamente o pendura mais rápido e mais efémero de toda a história do motociclismo pois em Algés (iniciávamos aqui um périplo pelas estâncias balneares famosas) já o pendura estava transformado em motard, passando o nosso grupo a contar com uma Transalp (Motardeitas) e triplicando o número inicial de veículos.
Como não podia deixar de ser, e apesar de nada estar combinado, era agora por demais evidente que perante a adesão massiva e a expectativa gerada em todos eles, só podia haver um destino: O famoso Cabo da Roca.

Assim, mesmo correndo o risco de entupir a Marginal por completo, resolvemos arriscar e efectuar o percurso pela Costa do Estoril em direcção ao Guincho, subindo posteriormente em direcção ao nosso destino.
Primeiro desafio, alguns até compararam com as especiais do Paris-Dakar, uns bons vinte metros de areia sobre asfalto acompanhados de umas boas rajadas de vento laterais. Uf! 2ª contagem... estavam todas as motos e os motards também! Apesar de não termos GPS, nenhum se tinha perdido o que revelava um bom sentido de orientação e de coesão no grupo.
Na subida do Guincho para o Cabo da Roca, o desejo de acompanhar o grupo era tanto que não eram apenas os muitos motards que se tinham já juntado como uma extensa fila de camiões e automóveis seguia incansavelmente atrás do nosso grupo. Sou até capaz de jurar que ouvi algumas buzinadelas de incentivo!



Chegámos!


Cumprida a peregrinação até ao monumento erigido no cabo e após as tradicionais fotografias da praxe, resolvemos seguir para Norte. Praia das Maçãs, Azenhas do Mar, Fontanelas até chegarmos à Ericeira onde resolvemos parar para almoçar...

Uma das vantagens de andar de mota é, pensava eu mas rapidamente cheguei à conclusão que estava completamente errado, a facilidade de estacionar e por conseguinte de não perder muito tempo à procura de lugar. Do tipo parar em cima do passeio, num cantinho entre dois carros, debaixo de uma árvore,...Mas não...

Na Ericeira comprovei que uma pessoa não compra uma mota para a estacionar num lugar qualquer à mercê de um qualquer transeunte distraído ou de arriscar a subir o passeio para empenar uma jante! Não senhor! Penso que um de nós utilizou mesmo mais espaço do que se tivesse levado o automóvel! Diz que a mota é especial e não gosta de se meter em apertos! Enfim...às 5 da tarde lá fomos almoçar! Não, também não foi tudo por causa do estacionamento! Quando chegámos à Ericeira já passava das 3!

Após o "almoço" saímos todos com uma expressão de: "Onde é que deixámos o carro? Isto até casa era um instante de automóvel...". Penso que se trata de um cansaço de principiante e que nas próximas viagens já encaramos o regresso com naturalidade.



O regresso foi por Torres Vedras (passámos pela Ponte do Rol mas aqui são apenas lembranças pessoais da infância) em direcção a Alenquer com reagrupamento no Carregado. Neste caminho apenas uma nota para uma simpática aldeia que dá pelo nome de Cotovelo...vá se lá saber porquê! E não é que descobrimos a etimologia do nome! Alguns de nós tiveram mesmo a curiosidade de ver o cotovelo dos dois lados: do lado da faixa de cá e do lado da faixa de lá... enfim estradas divertidas!

No Carregado apenas um ligeiro briefing para troca de experiências acompanhadas de umas bebidas (sumos claro!) e separação do Grupo com uns a partirem em direcção a Sul e outros a Norte.


Acho que ainda vou comer um pastel de nata a Santarém!